Estreia hoje, 29 de março, o jogo mobile da Riot Games, Wild Rift. O game já estava disponível em outras regiões e chega por último ao continente americano.
A versão para celular de League of Legends é aguardada pelo público há muito tempo e foi anunciada, oficialmente, em outubro de 2019, junto com o aniversário de 10 anos do jogo original.
Com o slogan ‘Novo LoL, mesma sensação’, o game promete que a única diferença entre Wild Rift e o Lolzinho será a plataforma.
Por mais que a estreia estivesse marcada para hoje, desde ontem vários usuários do Twitter estão comentando que o jogo já estava disponível para baixar e muitos até conseguiram fazer o download e brincar um pouquinho no novo app.
Wild Rift: Jogabilidade
O Wild Rift segue o mesmo modelo do League para PC. Estilo multiplayer online battle arena, o famoso MOBA, com 5 jogadores de cada lado com o objetivo de destruir o Nexus inimigo.
Os personagens também são os mesmos, com as mesmas habilidades e visuais. Até mesmo boa parte das skins do LoL já estão disponíveis no mobile.
A única grande mudança está nas mãos do jogador, obviamente. Ao invés das teclas usam-se botões na tela, da mesma forma que outros MOBA para mobile já mais conhecidos.
Algumas diferenças entre as duas plataformas:
- Não é possível ‘travar’ qual lane você quer jogar, apenas ‘declarar’ qual role pretende ir já dentro da partida;
- Plantas frutomel também nascem nas lanes, e não só no rio e na selva como em Summoner’s Rift tradicional;
- As partidas são espelhadas! Cuidado para não declarar que vai na bot lane e andar para rota do topo por engano;
- Você pode habilitar sua ultimate no nível 5, e não 6 como acontece no Lol;
- Surge apenas 1 arauto no game, aos 6 minutos;
- As botas podem ser aprimoradas ou transformadas, podendo virar até um teleporte (sim, é isso mesmo que você leu);
Por fim, provavelmente a maior divergência entre os dois jogos está nas torres da base. Diferente da versão para computador, que conta com as três torres de inibidor mais duas torres do Nexus, no Wild Rift o Nexus funciona também como uma turrent, dispensando suas duas estruturas protetoras que existem no League.
O Tonello, caster do CBLOL Academy, fez uma thread muito legal e com mais detalhes. Corre para ler aqui!
Celulares que rodam o Wild Rift
Em outubro do ano passado, o Wild Rift apareceu em um dos vídeos de divulgação do iPhone 12, o que deixou alguns jogadores um pouco preocupados. No entanto, a ideia da Riot é que o jogo funcione perfeitamente em boa parte dos dispositivos.
A Riot disponibilizou uma lista dos requisitos mínimos para o Wild Rift:
- Se você tem um Android, confira aqui!
- Se você tem um iOs, confira aqui!
Algumas linhas de smartphones mais populares que vão rodar normalmente o game:
- iPhones: a partir do 6s
- Xiaomi: a partir do Mi 6, Redmi Note 8 e Black Shark II;
- Samsung Galaxy: a partir do S7 e A7;
- Motorola: a partir do G7 e Edge.
Wild Rift: Compras in-game
Se você queria muito jogar no mobile com aquela skin maravilhosa que comprou com seus suados RPs, temos uma má notícia para você. Os conteúdos comprados, apesar de, por enquanto, serem quase os mesmos, não se aplicam aos dois games.
No Wild Rift o dinheiro se chama Wild Core, e não Riot Points, e os valores na moeda fora do jogo são bem proporcionais. O que acontece é que os WC são mais caros, mas os produtos no mobile tem valores mais baixos.
Trouxemos alguns exemplos e contas na prática, para te ajudar a entender melhor a economia dos dois games:
Pacotes mais baratos:
- League of Legends: 650 RP
- Preço: R$13,25
- Wild Rift: 500 WC
- Preço: 14,90
Skin Miss Fortune Fliperama
- League of Legends: 1350 RP
- Gasto mínimo para comprar: R$27,25
- Wild Rift: 990 WC
- Gasto mínimo para comprar: R$29,90
Skin Olaf PentaKill
- League of Legends: 975 RP
- Gasto mínimo para comprar: R$27,25
- Wilf Rift: 725 WC
- Gasto mínimo para comprar: R$29,90
Expectativa: a importância do mobile
Por muito tempo os jogos mais interessantes, e que traziam possibilidades competitivas, eram pagos ou exigiam máquinas um pouco mais potentes para rodar. Com o fenômeno do Free Fire ficou nítido o quanto há espaço para a comunidade gamer ser ainda maior do que já é.
Especialmente no Brasil, o game de Battle Royale, tem sido um sucesso de proporções absurdas. Tanto que, no início de 2020, a Garena, desenvolvedora do jogo, anunciou a Liga Brasileira de Free Fire, torneio oficial da publisher.
Quando o FF chega e conquista um público enorme e quase sem dificuldade, já que o game roda em praticamente qualquer aparelho celular e de graça, se torna incontestável a necessidade de democratizar o acesso ao games.
A explosão do Free Fire evidencia a urgência do público em entrenimentos mais acessíveis. E, consequentemente, também escancarou para as publishers mais ‘tradicionais’ que existe um nicho muito lucrativo a ser explorado no mobile.
Agora, com relação aos MOBAs para celular, já existiam alguns bastante semelhantes ao League of Legends nas lojas de aplicativos, é possível que você até tenha experimentado uma delas e notado a quantidade de semelhanças nos mapas, dinâmicas e personagens. Ou seja, era indiscutível a necessidade e interesse da Riot em olhar para esse mercado com atenção.
Wild Rift no Brasil pode ser um grande sucesso?
De acordo com a pesquisa encomendada pela Brasil Game Show, em parceria com o Instituto Datafolha, a comunidade gamer brasileira conta com mais de 67 milhões de pessoas. Em entrevista à CNN, o fundador da BGS reforçou o quanto esse dado é surpreendente, já que o número de jogadores brasileiros ultrapassa populações inteiras de alguns países.
E, reforçando a importância do mobile, a Pesquisa Game Brasil de 2020 levantou também a informação de que, tanto gamers casuais quanto heavy users, preferem usar seus tablets e celulares para jogar.
No último relatório da Riot, divulgado em setembro de 2019, o LoL já tinha mais de 100 milhões de jogadores ativos por mês no mundo todo, e desde o início da pandemia esse número certamente já cresceu muito.
Por fim, de acordo com o Player Counter, estima-se que o Brasil esteja entre os cinco países com mais usuários ativos no League of Legends. Ou seja, com tantos números e tamanho crescimento da indústria no país, é fácil de esperar um grande sucesso do Wild Rift por aqui.
Nascida paulista e criada mineira, chamo corretivo de ‘branquinho’ e acredito que um copo de água e um pão de queijo não se nega a ninguém. Sou apaixonada por jogos desde que o Sonic Adventures era o único jogo que tinha pro meu Sega Dreamcast. Escrevo por profissão, hobbie e também para desembaralhar umas coisas na cabeça.
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