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Ontem, (26), começou a primeira etapa do Valorant Challengers Brasil, o início de um calendário competitivo bem movimentado no cenário de Valorant em 2021.

Não temos como negar que o novo FPS da Riot já chegou fazendo um grande sucesso, e movimentando o cenário competitivo. Grandes atletas migraram de outros jogos para o Valorant e apostaram grandes fichas nesse joguinho, que viria a ser uma grande promessa, com direito a campeonatos feitos pela comunidade, ainda no beta fechado.

Desde seu lançamento a comunidade feminina é muito presente e muito forte. Apesar dos inúmeros relatos de machismos e ataques às mulheres, os números de jogadoras e times femininos continuaram crescendo e, com isso, grandes empresas começaram a investir.

Ainda no beta tivemos o primeiro Rivals Women’s Cup, com 34 times inscritos e um prêmio de mil reais. Pouco após o seu lançamento, ainda em 2020, já tivemos a segunda edição que, além da premiação, garantiu a vaga para o Rivals Major League e outros campeonatos apareceram como: Ascent Women’s Cup e o Girl Pwr Valorant.

O Girl Pwr foi promovido pela Gaming Culture e contou com a comentarista Leticia Motta como embaixadora. Foram, no total, 128 equipes inscritas, em busca do prêmio de 10 mil reais.

Mas, ainda tínhamos um problema.

Ainda que o cenário feminino, hoje, exista com a intenção de criar um ambiente seguro para mulheres competirem e sirva de estímulo para que mais garotas entrem nesse mundo, ainda falta uma coisa: investimento.

Sabemos que esse não é contexto ideal e que, na verdade, a nossa meta é conquistar de vez o cenário misto já que, atualmente, o competitivo é majoritariamente masculino. E isso se deve a nossa sociedade machista e um longo histórico de homens que não aceitam jogar com mulheres.

Por ser maior e ter muito mais investimento, o cenário misto e seus campeonatos, como a maioria das competições, não permitia a inscrição de duas lineups de um mesmo time no mesmo torneio. Logo, isso atrapalhava até as poucas organizações que investiam no cenário feminino, montando uma line exclusivamente de jogadoras mulheres, que optavam por inscrever a equipe “masculina” por julgá-la mais forte.

Indo contra o atual contexto, e nos dando uma luz de esperança, a Riot permitiu nessa nova tour, segundo o regulamento da Champions Tour, que as organizações poderiam inscrever suas jogadoras junto com as outras lineups.

“No interesse de promover e desenvolver a base de jogadoras profissionais mulheres, uma organização de esports poderá operar um time secundário, desde que seja composto por mulheres”

E, como consequência disso, vimos diversos anúncios de nomes como Gamelanders e Havan Liberty montaram seus times femininos pouco antes do início da Valorant Challengers Brasil.

 

Não podemos deixar de dar o mérito, também, às outras modalidades, que vieram antes e prepararam o terreno, que passaram por esses e outros piores ataques, mas conseguiram criar um cenário mesmo com toda a dificuldade. Por exemplo o CS:GO, que tem um cenário feminino gigante, com direito até a Mundial na China.

E, mesmo assim, as jogadoras de Counter-Strike continuam sofrendo para competir no cenário misto. Já foi exposto, em diversas ocasiões, o quanto as profissionais ainda passam por situações de desrespeito, como oponentes que desmarcam  treinos após saberem que jogariam contra elas.

Ou seja, mesmo participando efetivamente dos campeonatos mistos, a rejeição do próprio meio até hoje é muito grande.

O Valorant pode, ainda, nos ajudar a construir um cenário muito maior. Como podemos observar só pelo Valorant Challengers Brasil, que teve cinco times exclusivamente femininos inscritos para a qualify. São eles:

Gamelanders Purple

  • naxysz
  • drn
  • daiki
  • bstrdd
  • imnat1

Number Six Victory

  • lya
  • gabrielataves
  • misty
  • IsadoraMisaki

Team Vikings Fem

  • mizigoms
  • yasmingoetten
  • isaglym
  • luisafpss

INTZ Angels

  • tayhuhu
  • Shizue
  • shyz
  • isaa
  • celinett

Havan Liberty Fem

  • blu
  • leticiax
  • sayu
  • mittens
  • iknowbia

 

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