Chegou ao fim o Six Invitational, o campeonato mundial mais importante de Rainbow Six Siege, que contou com a participação brasileira. O Brasil foi representado por quatro equipes: W7M, Team Liquid e Faze. Somado a Los One, que garantiu sua participação através do qualificatório para o #SI2023.
A torcida verde-amarela almejava um evento, tal como o Six Invitational de 2021, no qual a final foi protagonizada por dois times representados por atletas brasileiros, no confronto “NIPID”, Ninjas in Pyjamas contra Team Liquid.
O resultado não correspondeu às expectativas de muitos torcedores brasileiros. E, tivemos no confronto final, a W7M, que representou a região Latam, e a G2 esports, time europeu que está no cenário desde 2018.
A equipe da G2 foi a grande vencedora. Aliás, nesse time há um jogador brasileiro: Karl “Alem4o”. Ele foi essencial para reestruturação e vitória da G2, e se tornou o primeiro brasileiro a ostentar um a ostentar um Six Major e um Six Invitational.
Para entendermos um pouco mais sobre os possíveis porquês do avanço e dificuldades que as equipes enfrentaram neste campeonato, segue o fio:
Team Liquid
As expectativas eram altas para a cavalaria, visto que ano passado, ela foi a grande campeã do #BR6. Além de sempre marcar presença com ótimos resultados em campeonatos internacionais.
O começo da jornada da Team Liquid já foi conturbado, a equipe perdeu de 2×0 para a Soniqs e a MNM Gaming.
Somente contra a Dire Wolves, que a cavalaria conseguiu a vitória de 2×0. Neste jogo, foi possível relembrar da potencialidade da equipe e até permitiu o avanço deles no campeonato.
Assim como no Six Major Jonkoping, a Team Liquid perdeu para BDS no mapa Parque Temático. Para a surpresa dos torcedores, e até mesmo dos adversários, a equipe não conseguiu garantir bons resultados – sendo eliminada na fase dos playoffs, pela chave inferior.
Faze
O começo para a Faze foi instável, na estreia os brasileiros já se depararam com a derrota contra a M80, com o placar de 2×1. Seguido, com uma vitória de 2×0 sobre a DarkZero.
Depois, a Faze perdeu de 2×0 contra a Heroic, e no último jogo da fase de grupos, a organização enfrentou um sufoco ao assegurar a vitória de 2×1 contra a Team Secret.
Houve uma baixa na equipe, Gabriel “Cameram4n” não faz mais parte desta line. Ao passo que, Vitor “Vitaking” entrou para substituí-lo.
Talvez, a mudança recente possa ser algo que dificultou o desempenho da equipe. O time pode ter se deparado com um menor tempo de adaptação e consolidação das jogadas, principalmente defensivas, para seu o primeiro campeonato de 2023.
A Faze foi eliminada na fase dos playoffs, pela chave lower, no jogo contra a G2.
Los One
Os jogadores da Los One buscaram o impossível. A participação deles ocorreu através do Qualify, sendo que eles foram a última equipe da região Latam a se classificar. Quem acompanhou o jogo deles contra a FURIA pôde ver o empenho e a vontade deles de jogar o Invitational.
A agressividade e o intenso ritmo de jogo foram características fundamentais que a Los One apresentou. Respectivamente, os brasileiros ganharam e fecharam o jogo com placar de 2×1 contra as seguintes equipes: Cyclops, BDS e Astralis.
As quartas de final foram um divisor de água. Foi o primeiro jogo do campeonato que a Los perdeu de 2×0 contra a Wolves. Ao contrário das estatísticas favoráveis para os brasileirinhos, neste confronto as opening kills e as eliminações ficaram na conta dos europeus.
Eles chegaram a se classificar pelo chaveamento superior. Mesmo com muita perseverança e superando times já experientes, os golden boys não avançaram e perderam para Astralis. num jogo equilibrado e emocionante do começo ao fim.
W7M
Foi a primeira participação desta organização num Six Invitational. O time rompeu com barreiras e avançou na competição. A W7M foi a primeira equipe a ser finalista, garantindo a vaga pelo chaveamento superior.
A equipe adversária se encontra no cenário de R6 desde 2018. Além dos jogadores já possuírem uma vasta experiência, a torcida da G2 se mostrou presente na arena. O que pode ter fomentado o nervosismo dos brasileiros ao se depararem com uma equipe que apresenta um histórico de perseverança e títulos.
O confronto final iria ser complicado para os brasileiros, já que a G2 jogou mais mapas, por estarem no chaveamento inferior. Ao longo do campeonato, foi nítido ver o crescimento e o avanço do time europeu.
Também, foi possível observar que no último jogo, a W7M não abriu mão da agressividade e da execução bem planejada dos rounds. Embora, o número de kills nos mapas – Casa de Campo, Banco, Café Dostoyevsky e Oregon – da G2 foi 176, ao passo que da W7M foi 146.
Alguns erros possibilitaram espaço para vantagem em opening kills e plant, o que pode ter dificultado a organização brasileira a garantir a vitória.
Não foi o que os brasileiros gostariam; contudo, os jogadores mostraram conhecimento sobre o jogo e representaram o poder da região Latam.
Próxima parada, Six Invitational: BRASIL
Após seis anos, o R6 retorna ao Brasil. Já presenciamos duas Pro League em terras brasileirinhas.
No entanto, será a primeira vez que iremos nos deparar com o campeonato mais competitivo e importante do cenário de esports do R6.
Com toda a certeza, iremos realizar a cobertura de pertinho do próximo Invitational e estaremos na torcida, para que nossos brasileirinhos possam levantar a marreta e se consagrarem campeões.
Já fica atento(a) e acompanha as redes do R6 esports Brasil, para não perder nenhuma novidade sobre este evento tão simbólico e importante para a comunidade que ama e acompanha o R6.
Karolina Florindo, formada em Psicologia e (quase) gamer. Demasiadamente empática, aprendiz da vida, que ama ler e escrever. Um pouco indecisa? Talvez, mas não consigo afirmar. Contudo, cheia das certezas que irá colaborar para um mundo mais igualitário e diverso.
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