Semana passada aconteceram os últimos confrontos para definir quais times vão avançar para os playoffs do Mundial 2019. Na sexta (18), tivemos os confrontos do Grupo A (G2, Griffin, Cloud 9 e Hong Kong Attitude). A G2, time europeu que ganhou bastante destaque por ser vencedor do MSI, conhecido por sua flexibilidade no draft e laners sólidos, vinha invicta no grupo, até o momento em que a Griffin reivindicou o trono do oriente, forçando um desempate e ganhando as duas partidas. O último confronto do grupo A, entre G2 x GRF, se tornou o pesadelo do time europeu.
G2 vs GRF | Worlds Group Stage Day 6
No primeiro jogo da sexta feira entre G2 e GRF, os banimentos por parte da Griffin foram Leona, Syndra, Rakan, Elise e Pantheon, negando controle de grupo e iniciações para a G2. A G2 respondeu com os bans em Renekton, Yuumi, Galio, Nautilus e Volibear. Renekton é muito autossuficiente em sua lane, não necessita tanto de atenção pela rota superior, mas tanto Renekton quanto Galio, Nautilus e Volibear são campeões que podem fazer iniciações e se manter na linha de frente. Além da flexibilidade que eles oferecem, eles atrapalham muito Gragas e Yasuo. Por fim, a Yuumi traz ecuperação de vida e controle de grupo, e tem sido um pick com bastante prioridade no meta atual.
Passando para os picks, a G2 apostou em uma composição de scaling, com Yasuo, Kyle e Ryze, que iria demandar um pouco mais de tempo para o time, o que acaba sendo um ponto a se pesar para a G2, já que o time é bastante conhecido por impor seu ritmo de jogo logo no começo e forçar skirmishes. O Lee Sin nas mãos de Jankos pode negar muito do Tarzan por ele ter uma efetividade mais cedo no jogo counterando seu inimigo, e até mesmo acelerando o ritmo de jogo para seus laners e podendo se arriscar em dives. E o combo de Yasuo + Gragas que é muito forte, pois basta o Gragas utilizar o knock up para que o Yasuo utilize sua ultimate sem se expor demais, o que traz uma pressão de kill na rota inferior. A composição em si tem muitos fatores favoráveis para forçar team fights.
A Griffin apostou em uma composição de counters e com os solo laners que têm vantagem na fase de rotas, com assassinos como Akali, e Qyanna. O Jayce é um campeão bem conhecido do Sword, então aproveitaram bem do momento em que deixaram ele em aberto. Tanto a Akali pelo mid quanto o Jayce pelo topo podem aproveitar muito de lutas no rio junto com a Qyanna, em que os três conseguem oferece bastante dano e mobilidade para acompanhar.
Começando o jogo, a G2 tentou acelerar o máximo possível o seu planejamento, pressionando as rotas e aproveitando da agressividade do Lee Sin nesse começo de partida para invades, limitando o jogo da Qiyana, com Jankos sempre em busca do Tarzan. Até certo ponto se comprava o jogo da G2, mas antes dos 6 minutos de jogo, Caps e Wunder utilizaram do teleporte para retornar para a rota, enquanto Sword e Chovy mantiveram seu TP, o que abriu uma pressão de mapa e prioridade de luta no dragão. E foi isso que aconteceu aos 8 minutos de jogo. Jankos iniciou o dragão do oceano, mas não se atentou a uma sentinela que tinha no meio do rio. E como resposta a essa iniciação, tanto Chovy – que estava na base – quanto Sword – que estava no top – utilizaram seus TPs como resposta para um objetivo e se reagruparam com o restante do time, o que deixou a G2 em desvantagem numérica de jogadores, forçando-os a ceder o objetivo ao inimigo. Wunder continuou em sua rota, mas sem muito sucesso em uma cross map play pelo top.
O jogo para a G2 começa a se desequilibrar e, a partir do nível 6 da Griffin, os europeus tinham uma preocupação maior chamada Lehends com seu Shen, que atrapalha muito da criação de jogadas por parte do Lee Sin.
Em uma das inversões de rota e transferências de vantagem para o top, a Griffin aproveitou do momento certo para dominar o topside e garantir uma eliminação em cima do Jankos por falta de visão de rio da G2, o que abriu uma janela para os coreanos realizarem o Arauto.
A partir disso, o jogo virou uma bola de neve para a Griffin, que já se encontrava a frente no farm, em itemização e com um roaming melhor. A G2 foi tão punida depois do dragão do oceano que seus jogadores não conseguiam encaixar o que a composição pedia – tempo para escalar – e se deixaram expostos tentando ser reativos ao time coreano.
Em geral neste primeiro jogo, a G2 errou no draft uma vez que pensaram demais nas possíveis ameaças para sua composição, para que ficassem confiantes e confortáveis com seu estilo de jogo, mas não tentaram prever o planejamento por parte da Griffin, que veio com um estilo de jogo mais rápido e agressivo. Com isso, em cima de erros de timing da G2 e informação, saíram com a vitória!
Mineira, 24, comentarista e analista de League of Legends, streamer, tradutora e torcedora da TSM.
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