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O sucesso da Gamelanders Purple não começou em janeiro, quando a line-up foi anunciada. Na verdade, a história deles começou a ser construída há um bom tempo.

Desde o início do cenário competitivo de Valorant no Brasil, a equipe masculina da Final Level trouxe uma série de títulos para a organização, a consagrando como grande destaque de 2020. Esse foi o start que possibilitou estender o investimento ao cenário feminino.

Com o incrível resultado de, em apenas 5 meses após o anúncio, a equipe já estar representando o Tier 1 do cenário feminino competitivo, o sucesso do time se tornou inspirador.

Por isso, trazemos para vocês o Especial Gamelanders Purple, uma entrevista com Ana “naxy” Beatriz, para contar a trajetória da equipe feminina, suas dificuldades e qual o segredo do sucesso para chegar ao topo.

 

O NASCIMENTO DA GAMELANDERS PURPLE

O sucesso da Gamelanders Purple

 Line feminina de Valorant – Gamelanders Purple. / Fonte: Divulgação

Antes da formação da line-up feminina, Ana “naxy” Beatriz e Paola “drn” Caroline se conheceram em sua temporada competitiva no Point Blank. Elas integraram uma equipe fake desde o primeiro campeonato feminino de Valorant no Brasil, onde conquistaram títulos importantes, como o Rivals Woman’s Cup. Pouco tempo depois, a dupla conheceu a chilena Paula “bstrdd”, na equipe Meta Gaming.

Já Natalia “nat1” vinha do Counter-Strike e conquistava seu espaço no cenário competitivo de Valorant pela Team Vikings, enquanto Natalia “daiki” defendia a equipe da Number Six Victory.

Naxy conta que o quinteto se conheceu graças ao destaque individual de daiki e nat1 em diversos campeonatos, além da amizade entre daiki e bastardinha, que então assumiram o desafio de ser Gamelanders Purple, em janeiro deste ano.

Ana “naxy” Beatriz

Sentinela e IGL

🇧🇷

Paola “drn” Caroline

Controladora

🇧🇷

Natalia “daiki”

Iniciadora/Sentinela

🇧🇷

Natália "nat1" Meneses

Duelista

🇧🇷

Paula “bstrdd”

Duelista

🇨🇱

A CAMINHADA ATÉ O SUCESSO NO VALORANT

Logo de início, a nova equipe enfrentou dificuldades quanto à disposição das funções, pois as cinco jogadoras desempenhavam, majoritariamente, o papel de duelistas.

O principal desafio era fazer a equipe funcionar em conjunto, então foi necessário trabalhar o psicológico de cada uma. Todas eram excelentes jogadoras, só que individualmente.

Em março, a equipe garantiu o segundo lugar em seu primeiro campeonato, o Woman’s Community Festival contra a INTZ Angels, o time, até então, considerado mais difícil a ser batido. Logo após essa conquista, veio a vitória na primeira edição do Protocolo Gêneses, sediado pela Gamers Club.

Tudo parecia ótimo, até chegar a derrota nas quartas de final do Woman’s Community Festival: edição Masters, contra a Dream Team. De acordo com a jogadora, foi nessa perda que representou o início delas como, realmente, a equipe Gamelanders Purple:

“eu costumo dizer que, nesse dia, a Gamelanders Purple se formou […]. Na vitória você não consegue saber onde está errando, mas sim na derrota”.

Com muito empenho do quinteto e todo o suporte da equipe técnica da organização, que inclui as análises de Flávia “naoshii” Carvalho, o período de coaching de Felipe “Katraka” Carvajal e o auxílio de Gabriel “waters” Gavino, a GL Purple que conhecemos se reergueu.

Segundo naxy, a entrada do waters e da naoshii elevaram o time e trouxeram o encaixe que faltava:

 

“Indo com calma, indo passo a passo, nos encaixamos, nos entendemos e colocamos cada uma na mesma página. Desde então, tudo tem dado muito certo”.

Em abril, a equipe garantiu todos os campeonatos que disputou:

 

A Gamelanders Purple se tornou, então, o time a ser vencido.

PRÓXIMOS PASSOS DA GAMELANDERS PURPLE

Hoje, elas se mantêm na liderança e disputam, constantemente, o Top 1 do cenário competitivo feminino com grandes nomes, como a própria INTZ Angels. Mas, o trabalho não para!

Segundo naxy, o psicológico é o fator mais importante. A equipe está sempre atenta se todas estão bem e com o mesmo objetivo. Um dos motivos de preocupação é o fato do cenário competitivo de Valorant estar em crescimento, a todo momento há uma equipe nova a ser enfrentada.

“A intenção nunca foi tirar o top 1 da INTZ. Sempre buscamos fazer o nosso melhor, treinar o máximo possível para conseguir esse primeiro lugar não só uma vez. Essas três vitórias consecutivas (atualização: até a publicação dessa matéria foram 4 vitórias) que a gente vem tendo é porque a gente está jogando todos os campeonatos como se fosse o primeiro […]. Hoje nos encaixamos muito bem e estamos em um foco muito grande”.

Sobre os treinos, naxy destaca a agenda apertada devido ao aquecimento do cenário competitivo. Elas sempre buscam estar focadas e hypadas, mas respeitando e conhecendo seus limites. Além de colegas de equipe, são amigas com um único propósito.

Hoje, o objetivo é se manter no topo do cenário feminino, ingressar e alcançar o tier1 do cenário misto (spoiler!), sempre estudando todos os times e as novas possibilidades de se reinventar.

Quando perguntada sobre as maiores dificuldades a enfrentar, ainda no cenário competitivo feminino, Ana aponta a falta de investimento como a responsável pela instabilidade do mesmo, o que, muitas vezes, dificulta o ingresso de novas jogadoras e novos times.

No início, ainda atuando em Point Blank, acreditava que sua carreira nem tinha espaço para começar, pelo pequeno número de mulheres que conseguiam se destacar até então. Agora, ela pode dizer que, além de ter se destacado, é motivo de inspiração para outras jogadoras, sejam elas casuais ou profissionais, e também de muitas mulheres atuantes em outras áreas do esports.

“Somente não desista, pois existem pessoas lutando com você e por você” – Ana “naxy” Beatriz.

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