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Girl Pwr VALORANT: com premiações totalizando 10 mil em dinheiro

POSTADO POR Feefa 16/10/2020

Gaming Culture anunciou na quinta-feira (15/10) o seu campeonato feminino de Valorant, Girl Pwr Valorant, tendo como embaixadora a caster Letícia Motta. Anteriormente, a empresa havia realizado outros campeonatos de jogos como CS:GO e Hearthstone.

O Campeonato

Essa é a segunda edição do Girl Pwr, a primeira foi realizada em julho e voltada para o cenário de CS:GO. Para a edição voltada para o Valorant, algumas adaptações foram necessárias, os jogos classificatórios acontecerão nos dias 24 e 25 de outubro com eliminação simples. Os oito melhores times irão competir no evento principal que contará com transmissão oficial no canal da Twitch da Gaming Culture, contando com a narração de Babi Micheletto e comentários de Letícia Motta, com os jogos acontecendo do dia 31/10 ao dia 02/11.

Como participar?

As jogadoras precisam realizar o cadastro na plataforma BattleFy e inscreverem-se no link do campeonato. O regulamento está disponível para download e a Gaming Culture criou um F.A.Q no Twitter para as principais dúvidas serem sanadas.

Premiação?

As inscrições para o Girl Pwr Valorant são GRATUITAS, mas haverá premiação!

  • O primeiro lugar receberá R$ 5.000,00
  • O segundo lugar, R$ 2.500,00
  • E os terceiro e quarto lugares receberão R$ 1.250,00,
  • Totalizando 10.000 reais em premiações.

 

Conversa com a Embaixadora

Sobre ela

Letícia Motta, uma das maiores vozes feminina do Valorant no Brasil e também uma das maiores inspirações feminina dentro dos esports atualmente. Formada em Psicologia, trabalha com esports a cerca de 2 anos. Já foi comentarista/analista de campeonatos como Logitech G Challenge, BSL, Superliga ABCDE e trabalhou como convidada fixa no programa Depois do Nexus da Riot Games, nesse ano. Comentarista oficial do rebroadcast da LEC em PT-BR, além de participar de diversos outros torneios de LoL e outros jogos.

Cenário Feminino de Valorant

Ao ser questionada sobre os principais desafios do cenário feminino, Letícia Motta afirma que “se firmar” já é uma grande dificuldade, uma vez que as mulheres não são incentivadas a jogar e não possuem, normalmente, uma receptividade em equipes mistas.

Não existe um calendário de torneios para que se possa montar um time e treinar com frequência, consistência. Assim as meninas acabam não se dedicando ou não fazendo o suficiente, porque realmente não tem o que fazer. Estabelecer o cenário feminino em si é a maior dificuldade, juntamente com a baixa visibilidade!

Valorant possui uma comunidade mais receptiva?

Acredito que sim! Desde o começo vejo muitas mulheres empenhadas nisso, acho que ele já nasceu um cenário em que as mulheres estavam ali fazendo seu trabalho. Desde nós que estamos em transmissão até jogadoras como a Naxy, a drn e Nath que é comentarista, mas começou jogando em alto nível. A gente começou a compor esse espaço desde o início e começamos a ter uma voz maior! (…) Antigamente, as mulheres estavam lá, mas as vozes não ecoavam. Hoje, em 2020, estamos atrás, mas não estamos mais apagadas.

Cenário misto ou cenário feminino?

Questionamos a Letícia sobre qual cenário se mostra menos difícil de ser concretizado nesse momento, de acordo com a caster o feminino é a melhor opção no momento. Como exemplo, ela fala da jogadora Naxy que comentou em um programa recente sobre os danos psicológicos que sofreu ao tentar compor uma equipe mista.

A primeira dificuldade é uma mulher ser aceita em um time de maioria masculina, o que precisa para esses homens convidarem uma mulher? Por que eles não chamariam outro homem, no lugar dessa mulher? Então, a dificuldade começa em entrar. Depois, quando você entra, você se depara com um machismo que não é exatamente evidente, o cara não fala “Ah, você é mulher…”, ele aceitou jogar contigo, mas ele vai eventualmente ter atitudes, decisões e palavras que vai te diminuir de algum jeito. Um machismo intrínseco a cultura, você não tem noção que está sendo machismo ou não percebe que o machismo está dentro daquilo.

Letícia Motta diz ainda que cenário feminino ajuda as meninas a enxergarem como pro player e treinarem para uma possível entrada e conquista no cenário misto, mesmo que prontas, não se abrem espaço para essas mulheres.

Ideação do Girl Pwr VALORANT

A junção de poucos campeonatos femininos com campeonatos femininos com premiações baixas vindos de grandes empresas e grandes marcas, levou a Letícia Motta a se mover contra a ideia de mulheres aceitando migalhas! A principio pensou em um campeonato menor, com premiação retirada do próprio bolso, mas acabou encontrando quem a ajudasse nesse projeto, a Gaming Culture.

Expectativas com o Girl Pwr VALORANT

Desde o começo eu desejei que fosse algo para abrir espaço de profissionalização e acho que ele se tornou isso. Hoje em dia eu olho para esse projeto e tenho muito orgulho, não só pelo amor, mas pelas marcas estarem aceitando muito bem, muita gente gostou e se envolveu. Não é um projeto que quero parar por aqui, quero que seja algo maior ainda, quero que tenha visibilidade e vou fazer o máximo possível para isso!

Letícia mostrou-se muito feliz com os resultados obtidos até o momento, com a divulgação do Girl Pwr Valorant,  e espera muito mais para o campeonato em si! Ratificou que o principal é mostrar para as marcas e para a comunidade que a mulher gera conteúdo, interação, visibilidade, que temos esse potencial.

Tornando o mundo menos pior, mais aceitável e mais inclusivo.

Girl Pwr

Imagem: Instagram Letícia Motta/Reprodução

Para mais informações sobre o projeto Girl Pwr VALORANT e sobre o jogo em si, continue acompanhando o You Go Girls!

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