Segundo mundial inclusivo de VALORANT já tem data e local marcados!
Foi anunciado pela Riot ontem, 20 de março, que entre os dias 28 de novembro a 03 de dezembro acontecerá em São Paulo, nos estúdios da desenvolvedora, o segundo mundial inclusivo Game Changers Championship 2023.
VCT Game Changers
Game Changers é o campeonato voltado para inclusão das minorias marginalizadas no cenário de esports, como mulheres cis, trans e pessoas não binárias.
Para participar cada região disputa pela vaga de acordo com as especificidades das fases qualificatórias de cada continente ou área. No Brasil, são dois splits com quatro qualifies, onde as 8 melhores equipes jogam o Series em LAN. Na segunda temporada do ano segue-se o mesmo formato, com a diferença que dessa vez o vencedor se classifica para o mundial.
VCT Game Changers Championship
Já o Game Changers Championship é o nosso grande mundial, que teve a sua primeira edição em novembro de 2022, em Berlim, onde o time da G2 se consagrou o primeiro time a ganhar um circuito internacional inclusivo. O evento foi um grande sucesso, as transmissões bateram recordes de audiência, com uma média de 149k de visualizações, sendo o mais assistindo dentro do cenário.
Com o sucesso da estreia, não poderíamos esperar nada mais do que novas temporadas!
Formato e vagas
As melhores equipes que se classificarem em cada região, disputarão o título de Campeãs Mundiais. Sem nenhuma mudança entre as edições, teremos oito vagas, distribuídas pelas ligas seguinte forma:
- 2 vagas EMEA
- 2 vagas NA
- 1 vaga BR
- 1 vaga LATAM
- 1 vaga SEA
- 1 vaga JP/KR/CN
A fase de chaveamento segue em eliminação dupla em disputas de Melhor de 3 (MD3), com exceção da grande final que acontece em MD5.
O impacto na comunidade
Poucos minutos depois do seu anúncio, membros do cenário inclusivo expressaram suas opiniões, que se mantém as mesmas desde o último evento. Desde a estreia em 2022 a maior insatisfação é sobre a pequena quantidade de vagas, em especial para nossa região que conta com apenas uma possibilidade de participar da competição.
Outro ponto de crítica para essa segunda edição é o local escolhido: os estúdios Riot, em São Paulo. O espaço tem uma capacidade entre 150 e 200 pessoas, ou seja, pouquíssimos ingressos estarão disponíveis para o primeiro evento inclusivo do game com o público no Brasil.
A comunidade brasileira é extremamente engajado e caloroso na torcida, por isso desde o momento da divulgação oficial já vimos manifestações e pedidos para que o espaço seja revisto a fim de procurar um com maior porte.
O que também não agrada a muitos é o formato! O campeonato inteiro acontece em apenas seis dias, e a equipe que perder o primeiro confronto MD3 já terá que jogar novamente na sequência, tendo pouco tempo de preparo e descanso para o time.
Seria tão louco assim um lugar com maior capacidade? Mais vagas para regiões emergentes? Ou mesmo mudanças no formato?
O VALORANT mudou a perspectiva para a inclusão desde o início da cena, e podemos afirmar que já ganhamos visibilidade. Pedir por um pouco mais de estrutura ou oportunidade não soa tão irreal, ou será que devemos apenas nos conformar com o que já temos? É fato que, até pouco tempo, não tínhamos quase nada, mas muito das nossas conquistas vieram da busca da própria comunidade por mais espaço.
Será que a nossa voz e nosso direito de lutar por condições melhores deve se opor a nossa gratidão pela cena?
E nada disso definitivamente não mudará um fato: nós estaremos lá! Torcendo, gritando e apoiando todas/todes que estejam no palco, seja jogando, analisando, apresentando ou narrando. Porque sabemos que, no fim das contas, sempre seremos nós por nós mesmos.
Quer saber mais sobre o cenário inclusivo de Valorant? Acompanhe tudo aqui no YouGoGirls!
Fundadora do You Go Girls, apaixonada pela cultura pop/geek e games. Sempre ouvi das pessoas que jogos, vídeo games e afins eram coisas de menino e que por muito tempo acreditei, hoje busco aumentar mais a participação das mulheres nesse cenário, incentivando mais e criando oportunidades.
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