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O esports é o novo futebol em 2022?

POSTADO POR Natalia Poiato 15/02/2022

Com o alto crescimento e fomento desse mercado, fica a dúvida, questionamento e/ou reflexão.

A indústria de games e seus derivados já ultrapassam as duas maiores indústrias do mundo: a de música e cinema.

A NewZoo é a fonte mais confiável para obtermos informações sobre esse cenário. Segundo informações, a partir de 2021, o cenário de eSports crescerá em torno de 70% em um período de quatro anos, falando em dinheiro, US$3,5 bilhões, sem mencionarmos assinaturas de canais de streaming de jogos e outros serviços derivados.

O eSports de forma geral houve um crescimento exponencial de 2012 para cá, falando em dados nacionais. Com a crescente do CBLOL, fortalecimento de outros jogos como CS:GO no Brasil e mundo afora, battles royales como Free-Fire, Fortnite, e um dos games mais recentes da franquia da Riot Games, o Valorant, estão mostrando que vieram para ficar.

Pandemia e o fomento do mercado

De 2020 até 2022, o comportamento do consumidor final alterou-se de tal forma que está cada vez mais expressiva em mídias sociais e fóruns dos jogos. Com o isolamento, a busca por novos jogos e livestream aumentaram subitamente, uma vez que, o lazer foi resumido a ficar em casa, tanto que houve toda a alteração de rotina, hábitos, sistema remoto, LTV dos consumidores, jornada de compra, etc. A geração Z e os Millennials, estão preocupados com empresas que saibam ter sensibilidade humana, compromisso e posicionamento correto perante a uma falha ou injustiça.

O que esports tem a ver com o futebol?

O futebol é considerado o esporte tradicional do Brasil desde que mundo é mundo (brincadeirinha! hehehe). O futebol surgiu em solos europeus, “trouxeram” o esporte para o Brasil e os brasileiros gostaram muito na época. Alguns estados brasileiros sentiram alguma resistência em criar equipes e até mesmo estádios. Em torno de 1894, surgiram os primeiros times de futebol brasileiro e neles, muitos negros pegaram gosto pelo o esporte.

Na Era Vargas que de fato sentiram a real necessidade em construir estádios devido a proporção que estava sendo tomada pelo futebol. Foi o início dos grandes investimentos públicos brasileiros no setor.

Ainda nessa época, Brasil foi sede da Copa do Mundo e no elenco contamos com Pelé e Didi, dois negros que foram os grandes destaques. Em uma sociedade totalmente preconceituosa, foi difícil aceitar o fato da seleção possuir essas figuras públicas em evidência, não somente para o Brasil, mas para o mundo todo assistir.

Semelhanças dos esports e futebol no Brasil

A consolidação do futebol ao longo do tempo, mostrou que possui uma importância tão grande com relação a coletividade, social e democracia. É um esporte totalmente acessível, independente da classe social que está inserido.

Um paralelo fácil de traçar entre essa modalidade tradicional e os jogos eletrônicos é o Free Fire! Um jogo totalmente acessível, interativo e democrático, diferente de outros que necessitam de um computador mais requintado. Ou seja, não é atoa que o game explodiu por aqui!

Brasil: produtores de jogadores

E se no futebol falamos de Pelé, nos eSports, o Brasil também é uma fábrica de talentos. Inúmeros nomes já foram para fora do país, pois, muitas organizações estavam de olho, acertaram a mira e deram GG!

– Gabriel “Turtle”- Head Coach da Evil Geniuses para a equipe de League of Legends;
– “Showliana” – Pro Player de Valorant na Dignitas;
– Elcio Colle – Diretor Criativo na Tribe Gaming;
– Gabriel “Fallen” Toledo – Pro Player de CS:GO no Last Dance;
– Stephanie “Teca” – Pro Player de FIFA pelo Future FC, grupo Astralis;
– Gustavo “Upmind” Franco Domingues – apresentador e narrador no VCT NA 2022;
– Daiki, Nat1, Bstrdd, DRN, Naxy – Pro Players da Team Liquid no Valorant.

Mas, será que o incentivo é o mesmo?

Ainda que o BR seja uma fábrica muito potente, há também o preconceito gerado no entorno. Atualmente, é mais fácil de absorver quando uma criança ou pré adolescente sente vontade e a manifesta para a família quando comunica que quer ser um jogador profissional de futebol.

Já no universo de eSports é mais difícil. É complicado ainda (AINDA!) aceitar que uma criança ou adolescente queira ser jogador profissional de algum esporte eletrônico, e não de um esporte tradicional. Compreender como funciona esse universo, é bem delicado e as relações profissionais e organizacionais são muito mais complexas do que estão acostumados a lidar.

Antes, o sonho envolvia ser visto por um olheiro de um grande time e se encaixar em alguma categoria, por exemplo para os mais novos, os ‘sub-17’. No cenário competitivo de games as equipes são múltiplas, a depender das modalidades, bem como contratos, formatação de campeonatos e ‘peneiras.’ Isso para dizer o básico de diferença entre as possibilidades de carreira entre esses dois queridinhos dos jovens.

A formalização da profissão no esports

Os times de futebol já “desbravaram o mato” que era lá em 1900, agora chegou a vez dos times pegaram seus equipamentos e irem desbravando esse novo mundo que é o BI atrelado ao eSports e o forte comportamento do consumidor que está mais aguçado do que nunca.

Neste início de 2022, um tema bem debatido que acompanho através dos perfis de Twitter de profissionais da área é: profissionalização no eSports. Com muitos cursos tanto na FGV quanto na THE 360 e em outras plataformas, significa que é um baita indicativo que a área está em expansão e empresas estão mirando nesse público, afinal, tanto jovem, adolescente e adulto estão dentro desse universo.

Conversando com algumas pessoas, é notório que em um dado momento o eSports será o nosso querido futebol, e até lá, ele vai se encaminhar igual com o futebol, como por exemplo, regulamentações e mais seriedades em lidar com momentos sensíveis e decisivos.
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