Pra quem acompanhou o Torneio Guanandi, ele teve sua final neste domingo (15/09). O campeonato exclusivamente feminino de Overwatch trouxe a experiência do cenário competitivo para que os times tivessem a oportunidade de disputar os jogos com o formato próximo ao da Overwatch League. E mesmo sem uma premiação ainda assim as equipes deram seu máximo para contribuir com o cenário.
O time campeão foi a equipe Bunny Brawlers, time formado em 2018, que já carregava algumas vitórias no bolso. Elas ficaram invictas na tabela até chegar na fase de playoffs disputando o título contra o segundo colocado do seu grupo, a Dragonflies Esports.
Conversamos com uma das jogadoras, Isadora “Fennec” Rigon, para conhecer um pouquinho mais dessas meninas que vêm mostrando muita garra e determinação para se destacar no cenário competitivo.
O time da Bunny atualmente é composto pela line principal com 6 jogadoras, 3 reservas e o treinador.
Qual a função das jogadoras dentro do time?
“A capitã é a Taeyeon, ela que assume a responsabilidade de acalmar os nervos e também de incentivar todas nós. Mas todas temos funções no time, tanto fora quanto dentro do jogo. Por exemplo, a Valkyrie durante o Guanandi foi a que mais foi atrás de scrims para nós;
Nossas players e suas respectivas funções:
- Taeyeon: Capitã, dps flex, decide utilização de ults;
- Effy: Dps flex;
- Fennec: Main tank. In game leader, decide rotas e composições;
- Kaileena: Off tank, shot caller;
- Kalissah: Main suporte, ajuda no controle de ults do time adversário;
- Valkyrie: Off sup, decide utilização de ults junto com a Taeyeon e também ajuda no controle de ults do time adversário;
- Zeppatha: Reserva, tank e suporte;
- PocaCola: Reserva, dps e suporte;
- Doctor: Reserva, suporte;
- Eros: Coach.”
Conta pra gente como a equipe surgiu?
“As meninas montaram o time em Setembro do ano passado com o intuito de participar do torneio Heroes Never Die Feminino, a capitã Taeyeon que começou chamando conhecidas dela e chegando na line inicial.”
Já participaram de algum outro campeonato, se sim, quais e em qual posição ficaram?
“A Bunny Brawlers participou da primeira e segunda edições no torneio Heroes Never Die Feminino, se classificando em primeiro e segundo lugar, respectivamente e também participou da Open Division daquele mesmo ano, mas o mais recente foi o nosso queridíssimo Guanandi Tournament, que conquistamos a primeira colocação!”
Há quanto tempo você está no time? Houveram alguma mudança significativa na line?
“Eu entrei como reforço para a participação da Bunny Brawlers no Guanandi Tournament, em maio deste ano.
A line mudou muito do ano passado para cá. Então entramos no Guanandi praticamente como um time novo, enfrentando todas as dificuldades dos times que foram formados para o torneio; comunicação e sinergia iniciaram zeradas.”
O time já passou por alguma dificuldade? Relacionado a convivência, treinos…
“As maiores dificuldades foram em relação à conseguirmos tempo para treinarmos. Todas temos horários bem diferentes, mas quando conseguíamos agendar uma scrim ela era muito bem aproveitada. Também houve a dificuldade pra criarmos a sinergia inicial para que crescêssemos em estratégias e comunicação. A adição do nosso coach, Eros, foi essencial para nosso desenvolvimento.”
Pretendem participar de outros campeonatos?
“Estamos planejando participar da próxima season da Open Division e com certeza de próximos torneios femininos que venham a acontecer, para que o nosso cenário não pare de crescer!”
O time tem algum tipo de ajuda ou patrocínio?
“Infelizmente não temos nenhum tipo de patrocínio ainda. Esperamos que conforme o cenário continue crescendo, não só o de Overwatch, mas o de Overwatch Feminino mesmo, esse tipo de porta se abra para nós.”
Onde vocês pretendem chegar e o que deixam de recado pra outras mulheres quem pensa em começar a jogar profissionalmente?
“Bom, nós gostamos de competir e enfrentar desafios, o Guanandi Tournament foi um deles. Uma excelente oportunidade para mulheres que queiram ingressar no cenário mais profissional de Overwatch. Assim como o Andurá Tournament que, como torneio Semi-profissional misto, tem como objetivo ser o primeiro passo para que os players de Overwatch ingressem o profissionalismo, o Guanandi além de inserir players, as players são mulheres!
Não só às mulheres que buscam o cenário profissional, mas à todas que jogam: nunca desistam. É sabido que o cenário não é fácil para ninguém, mas entre nós podemos encontrar o apoio necessário para que todas cresçamos com força total!”.
E se você é mulher e joga Overwatch e quer conhecer outras jogadoras participe do discord: https://discord.gg/DBepJTg
Daniela Neves, 28 anos, Caster e Streamer, jogadora assídua de Overwatch e apaixonada por tecnologia segue nessa vida a descobrir sobre o que gosta e a fazer tudo que sente vontade.
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